Pokémon Go é um golaço da Nintendo.
Pokémon Go foi lançado há apenas uma semana no Brasil e já alcançou níveis impressionantes em termos de usuários ativos. O sucesso mundial do jogo, serve de lição de como é possível fazer um Marketing mundial com estratégias bem trabalhadas e com um investimento muito menor do que o retorno conseguido.
Confira a seguir porque Pokemón Go é um golaço da Nintendo.
Público alvo variado
Como “Pokémon” é um clássico que permeou a infância de muita gente na TV, no cinema, nas cartas e nos games, é de se esperar que o seu apelo seja muito grande até hoje, mesmo para quem já não é mais tão novo assim. O efeito da nostalgia foi muito bem explorado pelos criadores de “Pokémon go” para que a produção do game tivesse sucesso.
Pokémon Go!
Hoje encontramos crianças, adolescentes e adultos dos mais variados gêneros e estilos, usando a plataforma do jogo. Algumas pessoas estão jogando por curiosidade, outros por diversão e temos também aqueles, que jogam para simplesmente fazer parte do movimento. Na realidade isso pouco importa para os criadores do game, afinal quanto mais usuários, mais o game tende a crescer.
Interatividade
Com a tecnologia de realidade aumentada, “Pokémon Go” faz com que seus usuários tenham que usar a câmera de seus smartphones para conseguirem encontrar os monstrinhos, os quais se misturam virtualmente às cenas do mundo real.
Além da realidade aumentada, “Pokémon Go” se vale do mobile e da monetização, recursos que hoje são tendência no mundo todo. Vale ressaltar que este é o segundo lançamento para dispositivos móveis dedicado à franquia japonesa e que é possível fazer compras dentro do aplicativo.
Marketing Digital sem esforço
Um dos sucessos de Pokémon Go é a dependência da mídia por conteúdos virais e a consequente divulgação em todas as plataformas, como redes sociais e em veículos de comunicação que nada têm a ver com o universo dos videogames. As recentes cenas de histeria no Central Park, em Nova York, quando centenas de pessoas se lançaram em busca de um Pokémon raro, comprovam que esse assunto deixou de ser exclusividade de um nicho para se tornar de interesse do mundo inteiro. Nas últimas semanas, qualquer reportagem publicada sobre o game foi garantia de audiência e viralização, o que pode ter criado uma espécie de “bolha” fora da mídia especializada.
É notável que toda essa demanda também seja atendida pelas mídias não-especializadas em games – desde sites de lifestyle e cultura pop a influenciadores, passando por veículos tradicionais de alcance global como o The New York Times –, que enxergam uma rara oportunidade de se apropriar do assunto e gerar tráfego. Além disso, assessorias de imprensa vislumbram chances de repercutir com a febre, disparando releases com sugestões de pautas das mais diversas, de empresas de segurança sugerindo precauções no download do app ao inacreditável convite “Venha procurar Pokémon em Aruba” de uma agência de viagens.
No Brasil, chegou a causar espanto que até a TV Globo, sempre avessa em mencionar marcas, tenha veiculado uma matéria no Fantástico citando a marca Pokémon com todas as letras. Ou ainda, tem aqueles que não são “adeptos” do jogo, o que faz com que nas redes sociais o “movimento” em torno do jogo constitua também um fenômeno digno de análise.
E é isso mesmo que faz um estudo que tem por base 23 mil tweets efetuados por usuários Brasileiros do Facebook. A conclusão, essa, mostra “divisão” entre comentários positivos e negativos sobre o assunto Pokémon Go: 45% das referências têm uma conotação negativa, sendo que os comentários positivos totalizam 41% das menções. A restante percentagem é constituída por comentários considerados neutros.
De qualquer forma a cada post, comentário ou vídeo, mencionando a palavra Pokemón faz com que o departamento de Marketing da Nintendo tenha certeza de que, a estratégia foi bem planejada e agora so observam as ações da empresa subirem consideravelmente.
Aumento do empreendedorismo
Após o lançamento do Pokemón Go, só se fala nele, só se baixa este jogo e se repararmos atentamente até o modo das pessoas andarem na rua mudou. Desde que foi lançado, passou a ser comum pequenas aglomerações se dirigindo a um lugar que até então ninguém ia.
Já é assim em outras partes do mundo. Por aqui, as mudanças causadas pelo game estão apenas começando.
Pokémon Go, perceptivelmente, alterou relações, desde as econômicas até sociais. Milhares de empreendimentos e personalidades já entenderam o poder dos monstrinhos e criaram formas especiais para aliar sua imagem e estabelecimento ao aplicativo.
O lucro e aumento de engajamento para quem teve esta estratégia têm sido certo.
Percebendo isso, alguns mestres brasileiros em pioneirismo no social media já criaram seus posts e campanhas, unindo sua imagem com a dos bichinhos. Como podemos ver nos exemplos a seguir:
Estádios vazios no Brasil inteiro. Público preferindo permanecer no sofá do que na casa do seu time. A Associação Chapecoense de Futebol certamente não terá nenhum desses problemas por um bom tempo.
Uma boa publicidade não se faz com um grande budget, mas com uma ótima ideia. Para quem tem dúvidas, aí está um perfeito exemplo disso.
Ou ainda, aqueles que desenvolvem itens para ajudar na captura dos Pokemóns garantindo economia de Pokebolas.
Revitalização da marca no mercado.
A Nintendo vinha tendo baixas significativas em termos lucrativos desde que deixou de ser o grande expoente do universo dos games, atualmente dominado pelo PlayStation, da Sony e o Xbox da gigante Microsoft. No entanto, com o lançamento de “Pokémon Go”, parece que o mundo voltou a girar, colocando a tradicional empresa japonesa novamente de encontro com a glória. Em sua primeira semana após o lançamento do game, as ações da empresa subiram 25% e passaram a valer mais de US$ 200 cada.
Devido a esse quadro, podemos afirmar que o Pokémon mais indicado para representar a Nintendo nesse período é o lendário Moltres, um Pokémon que é uma Fênix e que com certeza passa todo o momento de revitalização da marca em âmbito mundial.
Analisando tudo isso, podemos concluir que desde o lançamento do seu principal jogo o Super Mário Bros (1987), a Nintendo não teve uma bola tão bem chutada ao gol como foi com Pokémon Go! Ou seja, esse é definitivamente um golaço da Nintendo.